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6/19/2009

E aí, vai encarar?

Postado por Le Grife |

Gostaria de compartilhar com vocês a matéria abaixo que recebi em um um newsletter enviado pelo Portal da Propaganda em conjunto com a revista About em fevereiro de 2007.

"Nizan Guanaes tem dois spots prontos, de sua própria autoria, com mensagens de conscientização alusivas à violência no Brasil, nos quais exorta a sociedade brasileira a refletir sobre a brutalidade do assassinato do pequeno João Hélio Fernandes e a agir em busca de soluções para impedir que fatos semelhantes se repitam. Eis o conteúdos de um dos spots: "Neste final de semana, a capa da revista Veja pergunta ao Brasil: “E aí? Nós não vamos fazer nada?”. Se referindo ao bárbaro crime do garoto que foi arrastado por 7 km no Rio. E aí, motorista de táxi? E aí, aposentado? E aí, mãe de família? Nós não vamos fazer nada? E aí, Rio de Janeiro, não vamos fazer nada? E aí, Brasília, São Paulo, não vamos fazer nada? E aí, governo e oposição, não vamos fazer nada? E aí, sociedade brasileira? A pergunta não quer calar. Um menino de seis anos foi arrastado por 7 km, uma morte brutal. E aí? Nós não vamos fazer nada?”. Em outro, Nizan também desabafa: "Neste final de semana, a capa da revista Veja pergunta ao Brasil: "Não vamos fazer nada?", se referindo ao bárbaro crime do garoto que foi arrastado por 7 km no Rio de Janeiro. Bom, nós que somos publicitários decidimos fazer uma campanha de rádio para fazer a mesma pergunta da revista: “E aí? Nós não vamos fazer nada?". E a nossa proposta é que cada um de nós, dentro do que pode fazer na sua profissão, faça alguma coisa. E espalhe esta pergunta: um garoto de seis anos foi arrastado por 7 km. E aí, a gente não vai fazer nada? Espalhe a pergunta, responda, reaja."


Baseado no texto àcima gostaria de compartilhar com vocês, também, a minha opinião sobre o assunto. Segue abaixo:


Como publicitário, gostaria de dar o meu parecer sobre o tema Violência - Caso: João Hélio, comentado em seu newsletter por Nizan Guanaes.

O Spot criado pelo colega diz ser a opinião de nós, publicitários, como o trecho a seguir: "nós que somos publicitários decidimos fazer uma campanha de rádio para fazer a mesma pergunta da revista: “E aí? Nós não vamos fazer nada?...", porém discordo.

Penso que não está certo fazermos um esforço de mobilização nacional visando a divulgação de uma pergunta. Hoje, todo mundo só pergunta o que deve ser feito e ninguém apresenta propostas de ações que possam colaborar com o fim da violência. Em vez de motivarmos a propagação da pergunta "E aí? Nós não vamos fazer nada?", devemos divulgar nossas opiniões sobre os tipos de ações que achamos adequadas para solucionar ou, pelo menos, tentar amenizar o problema da violência no país. Segundo a proposta do texto, cada um, dentro do que pode, deverá fazer alguma coisa, neste caso, espalhar a pergunta. Sendo assim, as padarias colocarão uma placa em baixo do preço do pão dizendo: E aí? Nós não vamos fazer nada? As empresas de mídia exterior vão divulgar em seus espaços: E aí? Nós não vamos fazer nada? Os empresários do setor de vestuário vão estampar camisetas com o texto: E aí? Nós não vamos fazer nada?

Não temos que divulgar esta pergunta mas sim opiniões de soluções e não só divulgá-las mas também praticá-las. A violência neste país chegou a este patamar devido as campanhas de que não devemos reagir, de que devemos entregar tudo para o bandido, de maneira fácil e sem reação alguma. Isso cria para o bandido um ambiente extremamente favorável e pouco hostil. Lembro-me de quando era criança (e olha que eu sou de 1980) que se alguém pedisse socorro na rua por estar sendo assaltado, todos que estavam em sua volta corriam para socorrer a vítima e para pegar o ladrão. Lembra daquela frase "pega ladrão..."? Então, ela funcionava. Hoje a frase é, "se for assaltado, não reaja, entregue tudo e fique feliz por estar vivo". Por que temos que ficar felizes por entregar aquilo que conquistamos com tanto esforço e trabalho? Hoje as crianças vêem um policial e ficam com medo, pois para elas, são sinônimo de multas, prisões, tiro e agressão.

A sociedade está distorcida. Enquanto a maioria da população, honesta, vive atrás das grades de suas casas e escritórios e andam pelas ruas com medo, a minoria, bandida, fica livre e usufrui do poder que tem. Um poder gerado pela própria população que se exime de responsabilidade, de reação e culpa o o governo sobre a falta de segurança. O mundo egoísta em que vivemos faz com que cada um pense somente em sua segurança e por isso ninguém mais ajuda o outro em uma situação de risco. Com esta atitude, não existe segurança, pois ela vem da união, de grupos unidos que possuem o mesmo objetivo. Um exemplo claro disso é um cardume de salmão, que encontra na união, uma maneira de se proteger de inimigos muito maiores e muito mais poderosos do que eles.

Veja minhas opiniões para o combate a violência no país, é apenas uma lista de idéias, algumas mais exageradas que outras, porém, não são apenas perguntas retóricas.

1 - Cumprimento das leis e filtragem da polícia corrupta,

2 - Movimentação nacional de união contra os bandidos,

3 - Penas correspondentes aos crimes cometidos e que sejam cumpridas em sua totalidade,

4 - Fim da política que permite a saída do preso para visitar a família em datas especiais,

5 - Tirar a energia elétrica das celas, assim, não será possível carregar os celulares,

6 - Evacuar todas as favelas do rio, fazer uma operação de limpeza, cercar o morro e fiscalizar todas as entradas,

7 - Proibição da mídia divulgar ações estratégicas da polícia / exército. Estas matérias servem apenas para facilitar o trabalho estratégico dos bandidos. Ex: Força Nacional, a mídia disse até as ruas pelas quais a Força passaria e todo mundo ficou sabendo, principalmente os bandidos.

Para finalizar, gostaria de propor uma nova capa para a revista Veja:

E AÍ?

VAI ENCARAR?

População se revolta e
parte pra cima dos bandidos.

por: Fernando de Almeida Cavalcanti - 14/02/2007

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